Pedras de xadrez em posição,
Joga, é a tua vez,
Corres riscos e pesas os passos,
Nos sorrisos hoje escassos,
Nos jogos que partilhamos,
Pontos finais, nas entrelinhas dos jornais,
Risos colaterais, cenas banais,
E afinal quem tenta a sorte?
Certamente nenhum de nós,
O risco é pouco mais que zero,
Na chama de ser sincero,
E não querer enganar ninguém,
Poucos são os que arriscam,
Mas arriscar é a certeza,
Ponto assente dessa forma, no vislumbrar da riqueza,
Discreto, observo-te de longe,
E deixo escapar as primeiras palavras,
Certas e erradas,
Mas tu não ouves, nem sentes,
Elas passam-te perto, quase rentes,
Arrepiam-te a pele, mas não falam contigo,
Por enquanto fica a tal capa do bom amigo…