Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008
Não entres no jogo se não queres perder,
As palavras estão dispostas, não há nada que saber,
Brinca, joga, disparas sem querer,
Perguntas e equacionas tudo o que dizer,
Vinte e duas palavras compostas,
Já me dizem o que gostas,
Desenham-te as mãos, aquecem-te as costas,
Fazem vibrar tudo o que tocas.
Não brinques demais, olha que vai doer,
Não tem nada que saber,
Eu não perco, aconteça o que acontecer,
Mas adoro o teu jogo, tenta beber,
Do sumo doce que a solidão te provoca,
Tenta acalmar, o tremor que o prazer te invoca,
Não me tentes entender, não me tentes rotular,
O que sabes é mentira, embora estejas a gostar,
Senta, fica mais um pouco, desenho-te mais uma crónica,
Garanto-te que a minha imagem é meramente simbólica,
Tu podes querer saber, podes tentar descobrir,
Que até podes arriscar, mas nunca saberás o que está por vir.