Não valeu a pena,
Desenhar desta forma o mundo,
Creio que o fiz demasiado redondo,
E por isso ninguém se entende,
Dei línguas a mais, e ninguém tem a palavra,
Ninguém quer saber de ninguém,
As paisagens naturais dão lugar a jarros de betão,
Tanta gente criada e ainda se chora por solidão,
Tantas riquezas esbocei e ainda se bebe incerteza,
Tanta comida em certas mesas, e ainda tanta pobreza,
Tantos livros escritos, por almas que já dormem,
E são os vícios que embalam as frases e as consomem,
Pensei nas lágrimas, para quando um sorriso não bastasse,
Inventei a palavra desculpa, para a alma que errasse,
É trágico ver, que errei tantas vezes, vejo o mundo a acabar,
Uns morrem de tantos males, e não há vontade de lutar…
. em ti...
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