Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
Tu já me perde-te, mas no céu ainda há estrelas,
Doce quadro com as terras queimadas do sol,
Vale de miragens cheio da agua que bate em pedra mole,
Não sei mais o que fazer, já virei o mundo do avesso,
Eu mereço mais, sou capaz por ti de pagar o preço,
Dedicado e perdido, não tenho mais mapa para ver,
Hoje é o primeiro dia dos muitos que me vais perder,
Em vales esquecidos deixo o prazer do imediato,
Hoje não há soma, nem raiz de numero exacto,
Tenho saudades do amor, daquele forte e sem barreiras,
Dos que aquecem as noites, dos que acendem as fogueiras,
Contigo parece sempre mais difícil, talvez veja muitas histórias,
Parece que não guardo as coisas boas, mas guardo, hoje são memórias,
Sou aranha que enreda, mas linhas nem vê-las,
Tu já me perdes-te mas o céu ainda tem estrelas,
O mundo ainda roda, não muda na verdade,
Talvez esteja na hora de viver alguma liberdade,
Por outro lado sou raposa, já presa por algum tempo,
Dedico-me às palavras e vejo sempre onde me sento,
Aqui, cada estrela é um momento, já são tantas e não esqueço,
Tiro partido das linhas, só elas me dão tudo aquilo que mereço,
Descanso e desço, peço desculpa e volto a perder,
Talvez não tenha de perder sempre, talvez algo mais para fazer,
Já rodei as linhas, perdi frases, doces encantadas,
Umas já bateram certas, outras completamente erradas,
Acabo de ver uma estrela cadente, curioso estar sozinho aqui e agora,
Curioso amar alguém e sentir vontade de ir embora,
Quero mais para mim, mais de ti, sem ter fim,
Sinto-me farto de frases de amor vazias, daqueles que nada fazem,
A vida é um palco, actua, faz alguma coisa, não fiques à margem,
Já sinto o frio que corre, que me embala que me adormece,
As vozes só ecoam, só me pedem…procura noutro lado…esquece.
Olá Jony.
Tanta verdade em teu poema,mas por vezes as linhas são
emaranhados de palavras que ficam dentro de botões de flores selvagens e que não deixam passar a mensagem.
Gostei muito do teu poema.
Beijinhos e um sorriso
Maria
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