Domingo, 30 de Setembro de 2007
De elo em elo,
Apreciando só aquilo que é belo,
Hoje vou dizer aquilo que não queres ouvir,
As tuas mentiras só me adoçam a boca,
As tuas desculpas não me queimam a roupa
Só sedução, sem ardor, só prazer, só paixão,
Meu amor, já não acredito nos teus actos,
Pactos pouco sinceros em noites já pouco claras,
Podes tentar esconder-te nas palavras,
O teu cabelo preto só tinge a minha sina,
Já não te basta dançar, como dança a bailarina,
De elo em elo,
Apreciando só aquilo que é belo,
As entrelinhas já te amarraram de mais,
Já não entendes se o que lês são só frases banais,
Quero mais, muito mais, um pouco mais que tudo,
O grito mudo, que faz o rouco ficar surdo,
Pois no silencio vejo com clareza os teus passos,
Não acredito mais em ti, já só somos quatro compassos,
A riscar no chão, a rolar salão,
Talvez me tente soltar, tingir a cor do teu cabelo mas…
De elo em elo estou,
Apreciando só aquilo que é belo.