Segunda-feira, 16 de Abril de 2007
Todas as relações são vidros,
Uns coloridos, retorcidos, espelhados, partidos,
Olho-me nos cacos e ouço a tua voz,
As nossas imagens estão com saudades de nós,
Mas, no chão, apenas vidros partidos,
Relações, tantas são transparentes,
Até o tempo as deixar baças, aos olhos das gentes,
Que olham de fora, lá dentro, o vidro já está retorcido,
Dificilmente não vai cair e acabar partido,
Mesmo os coloridos, quanto tempo duram…esses vidros?
Até que a dor do grito ou do gemido,
Os estilhace por fim,
Vai ser sempre assim,
Vidros,
No chão,
No soalho ou no alcatrão,
Numa cama mais macia, ou dentro da bacia,
Não tentes tocar, não tentes pegar,
O corte pode ser profundo e eles tão prontos a rasgar,
Só tens uma hipótese, deixá-los estar, naquela existência tripartida.
A julgar pelo cubismo simbólico perdes-te mais uma partida.
Olá jonny
Tantos vidros no chão, mesmo lascados por vezes, são coração; contente,ausente,preso doente, cortado,amarrado... ai o que por ai vai... Gostei muito do teu poema.
Beijinhos e um sorriso :)
Maria
Comentar post