Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2007
Momentos dão desabafos,
Solitários, esguios, linhas e traços,
Vou tentar dizer-te em linhas mais ou menos compostas,
Proclamar desejos, dedicar palavras, sei que tu gostas,
Duvidas sempre nos assaltam às vezes, simples, directa,
Hoje a certeza que a nossa chama tem a proporção certa,
Teus cabelos meu tesouro, minha boca minha calma,
Que toco, fujo, mordo, quero, vai delirando a alma,
Dos ser mais curioso, importunado hoje por cada rima,
Labirintos já te tracei, mas quero-te mais ainda,
Teus olhos são meu espelho, vejo-me lindo neles,
Perguntam-se coisas…”ainda me queres?”
Sossego-te com um beijo, doce e encantado,
Largas um sorriso e perguntas “queres ser meu namorado?”
Actos simples, calma palavras, tão delicados,
Tens mel, tens fel, teu corpo merece ser beijado,
Por mim, quando te agarra sou senhor soberano do tempo que te olho,
Observo com atenção não vá alguém acordar-me do sonho,
Segredos, temos tantos e tão poucos,
Podíamos gritar o quanto nos queremos, até ficarmos loucos,
E roucos entretanto, sem espanto fecho o soneto e inicio o canto,
Há um tempo atrás juraria que nada disto era real,
Apaixonado me encontro, o Cupido foi fatal,
Setas traiçoeiras que se encaixam no peito,
Deito, sonho, acordo e o aperto para me dizer que ainda te estreito,
Saudades dizem os entendidos, escrevem-se as linhas,
Todas as historias de amor são assim, mas não se escrevem sozinhas,
O frio da noite só vem dizer-me o quanto me fazes falta,
Não é uma ausência penosa, mas…maltrata,
Um mundo de leis, peco por me apaixonar e sou réu,
Contrario as minhas teorias desabafando que só me encaixo…
Num abraço teu.