Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007
Por muito que tentemos,
Nada volta ser como um dia foi,
As nuvens são passageiras,
Os dias ate podem ser semelhantes,
Mas nada volta a ser como antes,
Se te perderes no caminho,
Podes sempre voltar atrás,
Ver melhor, voltar a correr,
Se um dia te fores, talvez voltes a viver,
Mas nada será como antes,
Em cada dia, uma história diferente,
Guiões, actores, luzes distintas,
Nada fica igual quando misturas as tintas,
Por muito que tentes,
Nada vai ser igual,
E com o nascer do dia, mais uma hipótese,
Faz, mas não por ser diferente
Podes ser pecador, podes ser crente,
E nada fazer mais sentido,
Alguém pode ter escrito, tu até podes ter lido,
Mas a ideia é distinta,
Poesia de alguém que sinta,
E que diga de justiça plena,
Sentirei sempre igual,
…
Calma, não faz mal,
Ninguém avança,
Assim, ninguém se cansa,
De ver mudar o tempo,
Eu sei, porque não o lamento,
Nada se repete,
Pouco se reflecte,
E quase nada se vive,
Alguém que me prive,
Desta loucura intemporal,
Minutos passaram, não voltam a passar,
Não faz mal,
Chego ao fim, com a sensação de eternidade,
Nada volta a ser como foi, por isso muito aclamamos…
A saudade.