Segunda-feira, 8 de Janeiro de 2007
Gosto de gostar de ti,
Vamos dando significado ao que sentimos,
Vislumbrando os sentidos que já não omitimos,
E por fim…
O tal clarão que provoca os olhos,
Que nos acorda dos sonhos,
Tudo parece ter mudado de lugar,
Os gatos já não voam, paredes deixaram de cantar,
E o que parecia já não é,
Começo a delirar,
Quero voltar,
Para essa dimensão,
Onde tudo é abstracção,
E os loucos continuam a dar nome,
De simples ilusão,
Não compadeço dessa tortura,
E por isso quero fechar os olhos de novo,
Sei que ainda posso esperar por ti,
Que tudo volte a ser o que foi,
Gemidos dos sentidos,
Sopros oprimidos,
Bocas frias e carentes,
Se tens dor, cerra os dentes,
Que nada me pode fazer parar…
Só tu,
Altíssima da minha inquietação,
Que me fizeste criar um outro mundo para te receber,
Os gatos voltam a voar, parecem não querer saber,
Das paredes que ecoam, das arvores que dançam,
Ao som da melodia dos nossos beijos,
Louco?
Apenas sonho contigo.