Quarta-feira, 29 de Novembro de 2006
Caminho, por locais estreitos,
Vou lendo sacrifícios e direitos,
Só as luzes me acompanham,
E não me condenam,
Por viver assim ao segundo,
E tentar ver o mundo,
Desde o vale, ao chão, à cidade,
E viver na máxima velocidade,
Só por viver...
Sabendo que um dia,
Haverá a tal eternidade,
Numa ou noutra frase,
Que um dia leste algures,
E vais sussurra-la a alguém
Como uma pequena letra,
Um dia criará a sua própria forma,
E por meios sinuosos e silêncios,
Pairará por aí, ate chegar a alguém,
Que na realidade a mereceu ouvir,
Um “gosto de ti”, um “amo-te”,
Por outras palavras…
Vai marcar,
Então vou renascer,
Entendes? Justifica-se então o que faço?
No doce embalo do embaraço,
Quando pouco sei o que dizer,
Mas escrevo até me perder,
Nestas linhas tão estreitas,
Com que tu te deleitas,
Isso foi um sorriso amor?
Como adoro saber que provoco isso em ti,
E pensar que um dia não acreditei,
E pensar que um dia apenas fui um vulto…