Quinta-feira, 16 de Novembro de 2006
Dez da noite, o nevoeiro já se faz sentir,
Está na hora de acordar, está na hora de partir,
Reconhecer as alminhas que assustam os putos,
Cumprimentar os causadores de mil e um furtos,
Tudo bem? Como está a noite, parece calma,
Sim, tudo tranquilo, hoje pilhámos Esparta,
Com ela trazemos troféus,
De Orestes a Zeus,
Já traçámos uns sonhos, cuidado com os teus,
Pois tudo se perde na noite,
Tudo se esconde na noite,
Podes ter bem a certeza,
Tu podes não ter medo, mas fica na defesa,
Dizem que a noite é magica,
Talvez seja só trágica,
Dizem que tem fantasias,
Hoje vejo as ironias,
Que as pessoas vão queimando,
Das que se vão aproximando,
Dando-te palmadinhas nas costas,
Cuspo-te palavras na cara, não gostas?
Porque perdes tu tempo, em visitas neste espaço,
Provavelmente sou só mais um palhaço,
Que a noite teve o dom de proteger,
Vou roubar-te a alma, cuidado com o que vais dizer,
Xiuu, não digas nada, fica calada,
Tão perfeita assim, queres ser minha namorada?
Podíamos ter muita magia em comum,
Mas só de dia, porque de noite o mel não tem sabor nenhum.