Quinta-feira, 5 de Outubro de 2006
Posso perder o tento,
E tantas vezes o lamento,
Não morrer este sustento,
E conseguir agir sem pensar,
Hoje vou apagar a memória,
Escrever outra história,
Como se não pensasse tanto nas coisas,
Espero que me oiças,
Pequena esbelta de pele rosada,
Não te quero para casar, nem pra minha namorada,
Hoje podias ser um cachorro quente, nos meus sonhos,
Que recheava de mil e uma delicias, comeria com todos os molhos,
Podia dizer mil palavras, escrever poesias,
Mas a minha mente hoje só vê o teu corpo, ela pensa em malícias,
Torturas, que mordem os teus lábios,
Envergonham os mais sábios,
Que vão fechando os seus olhos,
Hoje como-te com todos os molhos,
Pequena esbelta de pele rosada,
Não te quero pra casar, nem pra minha namorada,
Por mim era na boa, bem no meio da estrada,
Fazer do teu olhar madrugada,
E deixar o sol nascer dos confins do teu corpo,
E já morto,
Olhar-te e renascer,
Voltar a viver,
Querer beber,
O elixir que o teu beijo tem para me verter,
Cai a chuva sobre o corpo, na tentativa de acalmar o céu,
São tantas as ideias que não sei o que é meu, ou o que é teu,
Vejo destroços do acidente, que foi ter-te visto nesta tarde,
Tomas-te conta das minhas ideias, quem me dera queimar-te,
Como incenso, e deleitar-me com o teu sabor,
Sem paixão, sem amor,
Tudo instinto, tudo sensação,
Acelera-se o tempo, no palpitar da ilusão,
Podias ter nome de ódio, de terror de talismã,
Porque hoje linda, era até de manhã…