Sábado, 26 de Agosto de 2006
Tiro o dia para rever, até que ponto tive uma vida perfeita,
Até que ponto a linha do conhecimento e da felicidade se estreita,
Furto um pedaço de papel meto nomes numa lista,
Lembro das batalhas que travei, cada amigo é uma conquista,
Uma peça que se encaixa, uma parte que se enrosca,
No deleito dos prazeres na companhia da caipirosca,
Sorrisos são uma essência do retrato que pinto de todos,
Desde que vos veja a rir, já concretizei os meus sonhos,
Pode chover acido do céu, ser corrosivo até ao osso,
Que estarei lá para regenerar os tecidos, criar o nosso colosso,
Este gigante é imparável no tempo, criatura de momentos,
Reflecte o quanto vos quero num espelho de sentimentos,
Amizade para mim sempre foi assim, até podem discordar,
Porque vocês não têm os meus amigos, e eu também não quero trocar,
Rodeado me sinto, indestrutível ao vosso lado,
Coleccionador de momentos sou, e acreditem que vos tenho guardado,
Vanas, sorriso contagiante, das melhores pessoas que conheci,
Se um dia me perguntarem se valeu a pena viver, lembrar-me-ei de ti,
Catarina, sai da bolha dama, sorri connosco tudo passará bem depressa,
Um furacão de força assim és, até que tua mente se dispersa,
Brito, uma surpresa a cada dia, mulher de historias infindáveis,
Menina de olhos brilhantes e sonhos grandes, mas saudáveis,
Joana, os teus sonhos têm de ser proclamados, corre por eles,
Mereces ter tudo o que queres, e estarei lá para te dar a mão se te perderes,
Rita, tanta coisa por dizer, tantas coisas sinto por ti, quase minha irmã,
Menina ingénua e sábia, incerta e tão certa, ás vezes és anjo outras o Satã,
Barros, de certa forma um dia num sitio distante e em sitio nenhum,
Vão-me dar a hipótese de ser outro alguém, e vou querer ser como tu,
Bruno, gostava de te ter conhecido, desde os tempos de escola,
És enorme amigo, mas cuidado com a Coca-Cola.
Azul, distante tantas vezes, mas sempre presente,
Para ti tenho aqui umas mortalhas, e um cházinho bem quente.
David, és o meu oposto, no que toca à mulher,
O meu desejo é acabar os meus dias a jogar contigo, numa relva qualquer,
Henrique, és a prova que não preciso de muito tempo para chamar alguém de amigo,
Deixa o pó poisar, secar, nasceram raiz bem forte, ficará tudo bem contigo.
Leo, no fim mas sem ser por acaso, és o irmão que escolhi para a minha vida,
Um dia velhotes, sentar-nos-emos num banco qualquer, a recordar mil coisas vividas,
Eu gosto destas coisinhas, toda a gente sabe como sou,
Pede mais uma rodada… o efeito desta já passou.
Um dia vamo-nos perder uns dos outros, estaremos longe eu sei, vamos sentir saudades, também o temo, mas por muito que a memória me traia tantas vezes, nesses trilhos da idade, no papel estará sempre o que sinto, e esta é a minha realidade!
Obrigado por existirem…