Quinta-feira, 29 de Junho de 2006
Até amanhã dizia,
Proclamava que me aninharia numa cama fria,
E espaçosa de mais para um só corpo,
Onde num canto me abrigaria,
Para te receber nos meus sonhos,
Finalmente aqui estou, por fim junto a ti,
Onde vou distribuindo beijos silenciosos,
Vão escorregando os dedos e abraçando segredos,
Aguardando gemidos que a noite não consegue ouvir,
Lá fora o bailado das folhas faz as sombras decorarem estas paredes,
Onde a silhueta do teu corpo faz de palco o meu olhar,
Cuidadosamente exploro a tua pele,
A noite é frágil, e quebra-se no nosso tacto,
O que te sussurro no ouvido é paixão de fino extracto,
Faço tremer o teu corpo,
E faço rosar a tua pele,
Troca-se então o beijo que une dois corpos,
Enfeitiçam-se os lençóis,
Envergonham-se as roupas,
De assistirem de longe a tão bela melodia,
E no fim deste poema quando a noite se enaltece,
Então alguém me acorda…e teu corpo desaparece.