Em ti respiro, em ti eu provo, por ti consigo a tal força de novo,
Em ti persigo, em ti percorro, por ti eu vivo, por ti eu morro.
Eu já não vou mudar, vou continuar assim, louco por ti,
Escrevo capítulos de uma história que não sei o seu fim.
Quem és tu? O que queres de mim?
Absorvem-se os sabores de mais uma noite louca,
Roupas pelo chão, o teu cheiro no ar, o sabor da tua boca,
Será tudo ilusão? O que queres de mim?
Recordam-se as fotografias tiradas pelos nossos olhos,
Ficarão guardadas na arca dos nossos sonhos,
Quantos minutos vão passar, quantas frases soltas nos vão tentar matar,
Quantas vezes nos vamos desentender até dar vontade de chorar?
O palco é assim, metade romance, metade drama, metade mesa, metade cama,
Muitas metades de um mesmo rolo, de uma mesma história,
No fim tudo valerá a pena, metade fracasso, metade glória,
Faz-me sorrir, olha-me aqui, faz-me vibrar, ama sem fim,
Sou coisa ruim, teu desejo concretizado, algum pecado, algum jasmim,
Mas…em ti respiro, em ti eu provo, por ti consigo a tal força de novo,
Em ti persigo, em ti percorro, por ti eu vivo, por ti eu morro.
Eu já não vou mudar, vou continuar assim, louco por ti.
Adormecer o meu dia, permanecer no reino, para lá da fantasia,
Jorrar palavras ao vento, dizer frases ao acaso…era tudo o que queria.
Hoje perdi-me a mim mesmo, não sei onde me deixei,
Ninguém me encontra, ninguém descobre, fugi, voei,
Fica apenas o profundo vazio da falta de alguém, será que alguém sente,
Na mesa vazia um copo, meio desprovido, meio cheio, nem frio, nem quente,
É apenas a velha sensação estranha, que agarra, que arranha,
Um cheiro pasmo de saudade, que não mata mas entranha,
Quem diz que a saudade não tem cheiro, não tem sabor?
Quem não provou seu gosto amargo, a solidão do seu ardor.
Adormecer o meu dia, permanecer no reino, para lá da fantasia,
Jorrar palavras ao vento, dizer frases ao acaso…era tudo o que queria.
Mas hoje escondi-me de mim mesmo, não sei onde me deixei,
Ninguém me procura, ninguém me descobre,
Até posso sentir frio que aqui ninguém me cobre,
Deixei apenas o mais profundo silencio, emudeço as tuas palavras e esqueço,
Nas profundas mágoas do passado eu sei…eu mereço.
Adormecer o meu dia, permanecer no reino, para lá da fantasia,
Jorrar palavras ao vento, dizer frases ao acaso…era tudo o que queria.
Hoje, ontem e amanhã, digo adeus às minhas folhas, desejo melhorias a uma mente pouco sã,
Choras sem medo que te veja pingar o chão, talvez tenha sido eu a causa, o tal não,
Prefiro assim, pecador e real, sem manobras de diversão,
Faz mais sentido assim, no sol que bate nas janelas, no acordar de manhã.
Sentes-te melhor hoje? Muito melhor? Com mais sabor?
Somos tão fúteis por vezes, que mal tem ser criador?
De sonhos, de amores perdidos, de cavaleiros de cavalo branco,
Não sou nenhum santo, confesso sem crime cometido,
Mas posso provar, quantos sonhos já criei? Quantas sensações inventei?
Tantas e tão poucas que ainda existirá por aí, quem se lembre de mim,
Culpado? Sim, sempre, por ser simpaticamente demente,
Por criar prazer do simples e do básico, por fugir do clássico,
Nunca me conhecerás de verdade, nunca saberás como me escrevo,
Na sensação de ser eterno, sou um coleccionador,
Coleccionador de momentos, de sensações, de sentimentos,
Eu sou assim, que mal tem, nem para ti que hoje me rogas a tal praga,
Podias ter sido tu claro, a contar no fim a história, a tal que fica na memória,
A de alguém que me mudou, que me pegou e me…transformou.
Hoje, ontem e amanhã, digo adeus às minhas folhas, desejo melhorias a uma mente pouco sã,
Sou o veneno da seta, o aditivo da maçã,
Sou vento na janela, a irritação do domingo enfadonho,
Sou a loucura hiperactiva do dia de sol mais risonho,
Eu sou assim, não procures mais em mim, esquece tudo o que conheces,
Sou culpado sem penitência de tudo o que me ainda me enalteces,
Altero a tua maneira de ver, de pensar, transformo a tua forma de estar,
Sei que por muito que te avise, tu não vais deixar de provar.
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