Mais um dia que passou, o que foi já não voltou, mas o que fica?
Para lá da noite maldita,
Para lá do olho que te fita,
Que te despe, que te cospe enfim, figuras em mim,
Numa narrativa sem contexto,
Largo o verbo na tua boca, guardo a roupa noutro cesto,
Sujámo-nos os dois,
Não há desculpa para a corda que tu róis,
Já me deixas-te aqui.
O aroma ficou no chão, o teu gosto na minha pele,
Arrasto os lábios em seca, buscando a tal Meca,
Podias ter sido esperança, na tal maré de seca,
Deixo o rio queimar as margens, escorrer colina abaixo,
Hoje sou melodia e letra, mas num som que não me encaixo.
A tua voz é sopro a vaguear em mim,
O tempo que deixas passar, eu também já o perdi,
Tudo tem o seu preço, tudo passa, tudo morre,
O tempo de frio dá lugar ao sol, as folhas nascem e então chove,
Não voltes a andar, de olhos fechados, de costas para mim,
Tu sabes o que sinto, sabes onde te quero, quero-te aqui.
Fala que eu estou por perto, escuto-te e entendo-te,
Vasculho o teu subconsciente e rendo-te,
Entende assim, há algo a reparar…
Se não amares quem te ama afinal quem vais amar?
Felicidade é sinónimo que a vida não corre em vão
Esquece as tristezas redecora o teu coração,
Não ponhas em risco o que defines, a lei é simples nota,
Vida é jogo, amor é arte, fugir é batota.
Acordas então, que nem branca de neve de um sonho triste e enfadonho,
Tinha tanta coisa para te dar, até o amor mas…onde o ponho?
Esqueço as peripécias do passado e tu sorris,
Dou-te um beijo mostro-te a luz, pedes-me “bis”,
Lambo-te o corpo até à zona do perigo,
Sussuro nos teus ouvidos e bebo o soro da vida no teu umbigo,
Sente-se o gemido, fiel, sentido, quase sem fim,
Prometo que quando adormeceres de novo, vais lembrar-te de mim.
Agarra-me então, nesta melodia tão completa,
Deita-te junto a mim e vem fazer desta noite, uma noite perfeita.
Promove a euforia no coraçao que a ti te estreita,
És a doce deusa que procuro, a minha predilecta,
Talvez no meio das palavras não tenha sido coerente,
Sem demais e sem rodeios, quero-te para sempre!
Pego na caneta, ainda sei desenhar palavras,
Relembrando-te na noite fria e escura,
Largo o sorriso enquanto me rogas pragas,
Pensa em mim, sonha comigo que a noite dura,
Não termina assim que o sol nascer,
O meu corpo está sozinho, mas algo está comigo,
Não deixes o tempo me bater, nem o cansaço te vencer,
Vem ser a minha rima, vem ser o meu abrigo,
Dança, nos meus sonhos sem fim, desenha os traços mais profundos,
Vem ser a minha noite, vem fazer amor comigo.
Há algo aqui, perto de ti, que não entendo nem sei explicar,
Uma ilusão estranha, uma impressão que entranha, junto, perto da orelha,
Então diz “vais ser mais que um suspiro”.
Há algo aqui, quando te abraço assim, como obra do diabo,
A chancela foi lacrada, nessa sorte já lançada,
Eu não te digo não, assino junto a condição de fazer valer a pena,
Doce e serena embalas-me com a cor da tua dança,
Serpente venenosa, desejo provar tal veneno, mortal e eterno,
Mas hoje não, hoje eu não desisto.
Suspiras baixinho se tenho algo para te dizer ou ficamos pelas histórias de mil cores,
Eu recomendo-te sabores, segredos, calores onde a noite condena e por mais insisto,
Tenho algo para ti digo, na vontade de ganhar na esperança de me perder contigo.
Perguntas o que quero, ser vergonha embaraço ou pena,
Respondo-te “faz acontecer, que eu faço valer a pena!”
"A liberdade é uma planta que cresce depressa quando ganha raízes"
George Washington
"Detesto televisão. Detesto-a tanto como aos amendoins. Mas não consigo parar de comer amendoins."
Orson Wells
Posso resistir a tudo, excepto a tentações…tenta não me acompanhar…é que… eu também estou perdido
Eu fiz de tudo mas…ainda falta alguma coisa,
Batom no pescoço, partimos a loiça,
O meu coração é ilha, formato pastilha,
De altos e baixos, sabor a baunilha,
Não me olhes assim, tenho sindicatos atrás de mim,
Por te tratar como trato, é amor perto do fim,
Um sufoco que arrebata,
Tira o fôlego tipo nó de gravata,
Mas no fim…ai, no fim sabe bem.
Eu fiz de tudo mas…ainda falta qualquer coisa,
Poesia de meia-noite, declaração no terraço,
As minhas mãos são teu caminho, cada dedo um novo espaço,
Deslizantes, arrepiantes, orgulhosos…arrogantes,
Gritas não me deixes assim, mas eu só consigo sorrir,
És batalha, guerra e cifrão, e a minha missão, é apenas não desistir,
Tiro-te o tendo, como vendo lamento, mas provoco-te o sentimento,
Que te causa tormento, que rói, que mói por dentro,
Mas no fim…ai, no fim sabe bem.
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