Domingo, 30 de Novembro de 2008

a raiva...

Cheiro forte a enxofre, no enigma que te envolve,
Não prega o olho na condição, da voz,
O vermelho é a tua cor, de forte impacto,
Condenas o corpo, a alma adormece em mal trato,
Trazes calor, do pesadelo mais profundo e mais incerto,
Ninguém gosta de te ver de longe, eu gosto de te ver de perto,
Entender como tu pensas,
Perceber como tu escolhes,
Nas forças que provocas em teu redor,
Na forma como nunca te encolhes,
Raciocínios dão-te um nome, raiva fica-te bem,
Tremem as pernas e soltam-se as penas, o vinho dissolve…
Ainda há um cheiro forte, no enigma que te envolve.

publicado por JF às 10:13
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Sábado, 22 de Novembro de 2008

aqui....agora.

Já não vejo caminhos, por onde correr…sem ti,
Não ouço melodias sem te ver, em mim,
Gotas dançam pelo ar, esbarram no chão,
Evaporam do alcatrão e voltam a cair,
Só para te sentir, só para voltarem a ver-te…sorrir.
Não há nada mais, para além dos teus cabelos,
Novelos que me prendem,
Não se rendem,
Quero-te aqui,
Agora.

publicado por JF às 17:00
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Domingo, 16 de Novembro de 2008

tentar...

És parecida comigo, róis as unhas, tens tiques nervosos, dormes de barriga para baixo,
No entanto tens uma palavra na qual não me encaixo,
Fica por baixo, nessa auto-estima pouco clara onde a auto-ajuda te dá a mão,
Por baixo desse chão não tens muito por descobrir…
Mas podes continuar, continua a escavar.

És igual a mim, olhar penetrante, canino deslizante, não choras com facilidade,
No entanto as cores que dás à tua vila são diferentes das cores da minha cidade,
Fica por cima, nessa parte que rima, onde te perdes na razão,
No cimo do monte, encontras um pote que não podes partir…
Mas podes continuar, continuar a voar.

És a minha alma, fraca e calma, forte e cristalina, não sofres em pecados,
No entanto as marcas que deixas são evidentes, és mais forte que dentes cerrados,
Fica aqui dentro, nesta parte em que sento, onde me deixo perder,
No fundo do pote, por baixo do chão está o meu corpo,
Mas podes tentar, escavar, voar…a esta hora já estarei morto.

publicado por JF às 19:36
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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2008

ideias presas...

Não sei saber, dizer palavras metaforicamente falando, de forma extrema, ou pequena, serão apenas confusas, talvez me entendas sem pontos finais, dos emocionais o tempo não recorda, apenas os imortais vencem o fracasso, fica escasso ver-te sair, pedir para não mentir, nunca mais, jamais diria que sim a algo que não concordasse, não pactuo com esses dilemas de princesa arrependida, hoje serás esquecida, para te recordar amanha, logo pela manhã, com o tal cheiro a romã que tanto gostas de saborear, dá-te prazer olhares-me nos olhos, morder a minha pele, salgar o meu rosto com as tuas lágrimas frias, aplicam-se as formas banais como te desvias dos pecados indiciados pelo tempo, não dances no lamento de não quereres deixar-me ir, tens de me deixar sair, para voltar se quiser, se sentir, se tiver…de ser, dizes estar tudo à flor da pele, qual pele, qual sede que não matas, por não saber o que fazer, o que dizer, o que querer no fim de contas, o que vais fazer? Roer o cordão que te amordaça? Entorpecer-me em tom de ameaça? Amassa, amolga, amachuca, a cama que permanece tão fria…sem ti, sem pena de mim, sem medo de ser assim, um misto de assim-assim com umtodo perplexo de criatividade, já não tens idade, para te esconder, mostra-te em mim, chama-me ruim, mas faz de mim alguém sem medo, sem vontade de escrever um fim, escrevo para nada, das operações não fica raiz quadrada, nem numeração nem coração, que me indique resposta à tal pendência, se um mais dum dá dois, porque é que a tua cama dorme sem mim, encostada enfim, a uma parede tão fria quanto a noite, esperas que ninguém note, palavras vazias, promessas e mais promessas, vá não te rias, amassa, amolga, sem medo de estragar, sem medo de me testar, porque eu nunca tive limites, apenas tos conto, para ver onde sabes ir, ainda bem que me lês agora, assim…talvez não sejas capaz de dormir.

 

publicado por JF às 23:30
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Terça-feira, 11 de Novembro de 2008

se eu cair...

Olha para mim…acreditas que quero dormir?
Se o teu corpo é o meu doce achas que quero fechar os olhos e sonhar?
Deixa-me investigar, quais pontos fracos eu não conheço,
Se os conhecer todos não há problema, eu esqueço
E volto a procurar…
Trata-me como uma criança e põe-me a brincar,
Deixa-me ocupado até segredos desvendar,
Trata-me como um doce e consome-me como um presente,
Faz de mim o teu chocolate, eu derreto se bem quente.
Mostra-me o que sabes fazer com roupas tão rendadas,
Com musicas tão prendadas,
Com movimentos bem-criados, mal criados, sem serem pensados,
E não me deixes adormecer…
Trata-me como um doce e consome-me como um presente,
Faz de mim o teu chocolate, eu derreto se bem quente.
Enquanto o marasmo desliza lá fora aqui talento jorra,
Do lento passatempo que tenho em me ferir,
Talvez um dia tenha de me mostrar, mas por enquanto, não me vês,
Não me sentes, não me tocas, não me choras se morrer,
Enquanto do chão abre o buraco para onde todos os corpos vão,
Nesse chão, onde eu não piso senão obrigado,
Olho do terceiro andar as pessoas rezarem aos credos,
Tentando afastar os seus medos,
Mas a mim, nunca me apagam, sou a vida de cada letra,
A morte de cada folha rasgada e reciclada,
Quem sou eu? Tu não me sentes? Não me tocas?
Tudo bem, não me vais chorar se eu cair.

publicado por JF às 00:17
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Sábado, 8 de Novembro de 2008

a falta...

Só preciso de um espaço onde sussurrar ao tempo,
Onde assentar o corpo cansado e frio, morto enfim,
Aclamo tempo e tempos onde só fica o lamento,
Talvez seja do momento, mas fazes falta em mim…

  

Só preciso de um espaço, onde adormecer a minha mente,
Onde adormeço as mãos cansadas das linhas sem fim,
Chamo memórias em mim, dos tempos que passei contigo,
Talvez seja do tempo mas…fazes-me falta aqui.

publicado por JF às 01:25
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Terça-feira, 4 de Novembro de 2008

o olhar...

Tens algo que me liga a ti,
Não entendo, nem sei porque tal sensação,
Embaraçoso o olhar que trocamos ao de leve,
Não te quero olhar nos olhos,
Tenho medo das respostas,
Tenho medo de não conseguir desviar mais,
E temer os segundos que te perdes, que te vais,
Brinco contigo porque me apaixonei pelo teu sorriso,
Doce, tímido, mas incandescente,
Exaltam ideias para te fazer rir de novo,
E torno-me um criativo a cada momento,
Se não sorrires vais ser tormento,
O meu suplício, por não ver o que imploro por olhar,
Tens a pele macia de mais, para não te tocar,
E o corpo harmonioso de mais, para não tentar abraçar,
Mas quando me olhas, desvio então o olhar,
Não quero ficar preso nesse teu brilho,
E nunca mais ver o que o mundo tem de sublime,
Sabias que é sedoso o teu cabelo?
É, tão sedoso como esses lábios devem ser,
Mata-me outra vez, digo incrédulo com a tua boca,
E olho-te sem querer nos olhos,
Fixo-te, observo-te, conheço-te, instantes de brilho intenso,
Esquece o beijo, esquece o que no mundo é tentação,
Deixa-me só olhar-te nos olhos,
E perder-me nesse olhar imenso,
Podia pedir-te tantas coisas,
“Deixa-me tocar-te, deixa-me ver-te sorrir, deixa-me beijar-te”
Mas deixei-me ficar calado, e fiquei apenas a olhar-te…

publicado por JF às 19:36
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Sábado, 1 de Novembro de 2008

embalo...

O vento embala as folhas que voam e adormecem no chão,
Não se trata de Outono, Inverno, não se trata de Verão,
Não procuro saídas para dizer que não te tenho, ou que te perco,
Pouco sei o que está perto, longe, se te solto ou se te cerco,
Até posso tentar mais uma vez, talvez, sem levantar grandes porquês…
Que mais tarde ou mais cedo surgiriam os tais “ses”,
Deixo-te para trás, mas fico por perto, talvez possas correr,
Apanhar-me lá no fundo…antes de me eu me perder,
Nos meus próprios labirintos.

publicado por JF às 16:54
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