Domingo, 14 de Maio de 2006
São pessoas, diziam as almas…
Soterradas no terror,
São seres com sentimento e com maldade,
Cegos pela palavra liberdade,
É por isso que não saímos de dia,
São perigosas de mais essas, pessoas,
Vêm armadas até aos ossos,
E com mil pedras na mão,
A única palavra meiga que conhecem é o não,
E então? Porque não os tentamos conhecer?
Ali? Creio que não tínhamos muito a aprender,
Respeito não conhecem, nem isso nem muito mais,
É a irrealidade dos que se julgam reais,
E mais? O que há mais?
Por enquanto uma terra pseudo cuidada,
Só foi perfeita quando esteve desabitada,
O Homem é um animal perigoso, do qual nos libertámos,
Um dia provámos o vinho, provámos a carne e o pão,
E agora somos almas, com medo que nos vejam…