Quinta-feira, 19 de Outubro de 2006
Tiro minutos, horas para pensar,
Poucas certezas temos nesta forma de estar,
Apenas uma, não te quero magoar,
Tudo pode acontecer,
Poder dar, pode não dar,
Talvez, até pode resultar,
Mas não arrisco,
Não petisco?
Pouco me importa, não sou isco,
Para que mordas,
As minhas rimas já estão mortas,
Ideias batem em portas,
Quem está lá para receber,
Para as abraçar, para as ler,
Alguém que não tenha medo de sofrer,
O mundo lá fora é uma guerra,
Que explode a terra,
Aqui dentro, a saudade aperta,
De ser livre um dia destes,
Saber que me perdes-te,
E que sempre me quiseste,
Quero-te tanto, tanto,
Como a fé quer o santo,
Se és agua, eu sou teu pranto,
Este talento, pode ser a minha morte,
Podias ter sido mais do que a minha própria sorte,
Serás caça grossa, premio de grande porte,
Abre-se uma janela, porque se fechou uma porta,
Hoje as rimas são minha escolta,
E digo-te, Amo-te…volta.