Sábado, 22 de Dezembro de 2007
Nunca digas nunca, que não consegues,
Já viste as paredes ruir? Vai-te vestir,
E mexe a tua vida, quando te sentes sem saída,
Quanto te sentes perdida, mexe, mexe a tua vida,
Gostas do chão que pisas?
Então levanta-te e não te deixes mais cair,
Ficam os pés seguros, assentes para sentir,
Acorda do pesadelo em que te transformas-te,
O que tens a perder?
Tudo é consequência do teu crer,
Canta e dança roda e grita,
Deixa o tempo passar, vê o silencio que fica,
E mexe a tua vida, quando te sentes sem saída,
Quanto te sentes perdida, mexe, mexe a tua vida,
Embala-te do embaraço que te deixa triste,
Recorda as histórias pelas quais já sorriste,
E deixa-te ir...
Não digas nunca, não consegues fazer mais,
Tu dizes que já tentas-te, mas eu vejo que não sais,
Da tua redoma de aço, onde o medo te oprime,
Procuras uma palavra que com amor rime,
Mas a substituição, nasce da criação,
Doce canção, aquela que te prende a razão,
Deixa o tempo ser maior, curiosa obsessão,
Deixa o tempo ser…razão,
E mexe a tua vida, quando te sentes sem saída,
Quanto te sentes perdida, mexe, mexe a tua vida.
Sábado, 1 de Dezembro de 2007
Sinto a areia fria, no meio da noite molhada do mar,
Apronta-se o grito, desenha-se o mito,
Dava tudo por te abraçar,
Sinto a alma vazia, sem força, sem nada,
Pintura de papel, onde falta o teu toque a tua pele,
Passa mais uma madrugada,
Já fomos tantos nesta areia, passos sobre passos,
Rodopiavam sorrisos, gestos imunes,
Que a pouco e pouco apertavam os nossos laços,
Arrepia-se a pele, estalam os ossos,
Já foram tantos os abraços dados olhados por estas estrelas,
Tantos abraços, só faltam os nossos,
As loucuras de amor, de paixão, não vão passar,
Apronta-se o grito, desenha-se o mito,
E eu dava tudo por te abraçar.