Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2006

boas festas...

A todos os leitores que por aqui passam, e não são poucos, agradeço a escolha e o tempo que investem nas minhas palavras, a todos os desejos de um grande ano de 2007, em breve novidades no blog, mais poemas…mais historias…mais terapias!

publicado por JF às 19:12
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2006

criança...

Chagas do tempo enrugam as folhas amareladas das horas,
São propriedades pelas quais tu ainda choras,
Não te quero ver derramar aquilo que te deixa triste,
Tantas coisas dizemos, faremos juras pelas formas que sentiste,
Deixa sentir, por muito que mais tarde doa de mais,
Não me importa para onde o tempo te leva ou para onde vais,
Sim, tu criança,
Que ainda trago na melancolia das horas,
Quantas vezes sorriu nas frases hoje sonoras,
Contam histórias os mais novos, que não batem certo,
Hoje o mundo é inverso, e ardem os livros dos visionários,
O problema de toda a gente é crescer,
Vão-se deixando enrugar pelo tempo,
Perdendo momento atrás de momento,
É isso que olho enquanto me sento,
No chão,
Sujando o roupão,
Que hoje me classifica como louco,
Sabe-me a pouco,
Dizer-vos que é bom demais agir sem pensar,
E gritar,
Sim, sou criança e depois,
Nostalgia do tempo em que a mestria estava na ingenuidade,
Hoje tenho folhas maltratadas pelo tempo,
Lamento,
Limpar o roupão enquanto me sento,
Sabendo que cresci, sem acompanhar o meu próprio crescimento.


publicado por JF às 16:18
link | comentar | favorito
Domingo, 17 de Dezembro de 2006

um inicio, um meio e sem fim...

Do inicio não me lembro muito bem,
Sei que desde cedo vi a propriedade que a escrita tem,
Quando fazia chorar os amigos, rir os amigos,
Rabiscava umas linhas em busca de alguns abrigos,
E tudo vai fazendo sentido,
Era puto, quando peguei no primeiro verso do Pessoa,
Em segredos viajava de Lisboa até Goa,
Confundia-me as personalidades,
As difusas realidades,
Que os actores tinham na pele,
Dispo a epiderme do lobo e digo com a tal claridade,
Que não sou prodígio para a minha idade,
E há mais mil e um como eu, melhor que eu,
Mas respeitem-me pelo que digo, quando sou réu,
Das minhas próprias asneiras, das minhas brincadeiras,
Umas vezes programadas outras meramente rasteiras,
Nunca te quis fazer cair,
Não gosto de olhar de cima,
Então deito-me do teu lado e completo a tua rima,
Poetas virtuais, temos o mundo na nossa mão,
Não temos críticos e não temos sermão,
Cada palavra é artefacto que chamo de ouro,
Hoje sou Midas, e vou retocando o meu tesouro…

publicado por JF às 13:51
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2006

mesmo sem ti...

Quero estar contigo quando sinto a tua falta,
Perder-me no tempo que a noite nos guarda,
Sinto-te em mim, quando me escondo do sol,
Não vá a sombra dizer-me que não estás comigo,
Teus olhos são refugio tantas vezes,
E teu corpo é meu embalo,
É pesadelo se te chamo para meu sonho e tu não vens,
Acordo e sufoco, olho mas não foco,
Porque a imagem é difusa a mente se recusa,
A dizer-me que não estás,
Nova escravatura esta falta que atormenta,
A todo o segundo não cessa, não sofre dispensa,
Revoltado vou dizendo que odeio o mundo que me rodeia,
Vou-me mexendo como insecto numa teia,
Ate ficar imóvel, paralisado a olhar para o chão,
Vendo que os sentidos já não me dão razão,
Porque no fundo sempre me enganei,
E estou mesmo sem ti…
publicado por JF às 00:49
link | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2006

vencidos pela indiferença...

O povo unido jamais será vencido,
Mas como é que o povo é unido, se nunca foi conhecido,
Ninguém os apresenta a diferença,
Proclama-se a crença,
Do défice, da fome, da hipocrisia,
Gritam os vultos porque a cidade está vazia,
Fugiram para os vales onde os corpos não sentem frio,
Para onde não precisam roubar porque ainda há peixes no rio,
Nesse vale a agua ainda é azul,
Continua-se a falar com palavras reais,
Nada de soluços pelos cantos nem vidas virtuais,
A pressa, é devolver a remessa que a politica fez chegar,
Vinha estragada da cidade vejo alguém a reclamar,
Do cavaquismo ao guterrismo, passando pelo socratismo,
Nem muda o “ismo” porque acaba tudo no mesmo,
Os miúdos continuam a não saber ler,
Alguns continuam a não comer,
Mas no meio da mediocridade alguém há-de sobreviver…
publicado por JF às 21:12
link | comentar | favorito
Sábado, 9 de Dezembro de 2006

por não me mover...

Anda a deixa-me em baixo,
Olhar em volta e só ver revolta,
Ver que aqui, já ninguém se importa,
Ainda aí estão?
Perdem-se maneiras,
Palavras rasteiras,
Que só tentam deixar-te mais em baixo,
Olhar à volta e apenas o vazio,
Correr a lista de fio a pavio,
Para encontrar alguém que se importe,
Ainda aí estão?
Claro que não,
Nem eu fiquei para contar a historia,
Provavelmente está na hora de acordar,
Mas,
E saber levantar-me desta cama,
Como dizer a todos o que fazer,
Se nem eu próprio sigo as minhas regras,
Sim, as mesmas que condenas,
Sou um mero ócio hoje,
E deixo-me ficar,
Condenando a minha própria sombra,
Por não se mover.
publicado por JF às 13:59
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quinta-feira, 7 de Dezembro de 2006

lua

A noite continua insana pelos cantos,
Olhando as pessoas que passam escolhendo o alvo,
Ninguém está a salvo,
E só não têm medo os insanos,
Ouvem-se risos, furtivos, secretos,
Maltratando nomes, são os escolhidos, os predilectos,
As horas passam, e nada de novo nesta rua,
Mas cuidado, porque a insensatez continua,
De breve trato pronto a explodir,
Resolve, implode, não há como definir,
Mais tarde ou mais cedo ela vai-te agarrar,
Pronta a ver quem vem pronto para te ajudar,
E aí sim, tudo roda no compasso,
Largo no seu passo raso,
Enquanto te vão embevecendo os sentidos,
Até ficarem altivos,
Nobres o suficiente para começares a olhar-me de lado,
Eu que te observo,
E que vi o teu caminho,
Ao de levo prego-te o nome,
Aquele que te costumavam chamar na infância,
E que tiveste a bondade de tentar esquecer,
Mas reconheces alguma verdade,
Uma pontinha de realidade,
Quando digo que a noite fez de ti rainha,
Mas não por mérito ou valia,
É o sintoma da revelia que a noite criou em ti,
Serás sempre a minha pequena,
Tu serás assim para mim.
publicado por JF às 12:52
link | comentar | favorito
Terça-feira, 5 de Dezembro de 2006

a luz e o caminho (final)

Estou sozinho, 
Sem ti,
As mãos tremem de frio,
Talvez, se te tivesse agarrado mais tempo,
Perco-me em recordações,
Por nós,
Os olhos fechados reviram-se,
Talvez, se tivesse olhado mais tempo,
Sozinho,
Sem ti,
Rogo maldições ao destino,
Talvez, se te tivesse amado mais tempo…
Ficaria menos tempo,
Sem ti.
publicado por JF às 19:21
link | comentar | favorito
Domingo, 3 de Dezembro de 2006

A luz e o caminho (parte V)

A arte,
Sendo praga ou dom,
Ao olhar tudo, se é mau ou bom,
Realidade virtual,
Perspectiva surreal,
Que pingo e rabisco,
No meu quadro de linhas,
Escorre tinta pelo chão,
Alguém se apressou a limpar,
Ou a ajudar,
Tudo é demasiado simplista,
Pois tudo depende de quem olha,
Como roupa quando se molha,
As mãos da criação, hoje são minhas
E o tecido saiu enrugado,
As lágrimas criam-se na leitura deste quadro,
E aninham-se na minha boca,
Já foram doces,
Hoje estão salgados,
Molhados porque alguém me fez sorrir,
De uma forma diferente,
E muito mais forte,
Já te disse que estou sozinho sem ti?
publicado por JF às 13:54
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2006

A luz e o caminho (parte IV)

Os vultos hoje são luzes,
Cada canto um salão,
Que se perde em sonhos,
Sem perdão, sem solução,
Reis do nada, condenam crentes,
Por serem ainda mais doentes,
Acreditando no caminho,
Segue-me,
Ou deixa-me sozinho…
Saberás dizer-me que nunca fui ninguém?
Saberás entender que também,
Não foste muito mais,
Sejamos racionais,
O que temos para definir?
Ninguém sente da mesma forma,
Ninguém compreende a mesma norma,
Poucos sabem todos os significados,
Nunca estamos sempre errados,
Raramente sabemos tudo,
Ora tenta lá falar com um mudo,
Na expectativa de que ele te responda,
Hoje é o meu dialogo que se afunda,
Para te dizer que vale a pena,
Mesmo com todos os vultos lá fora,
Vale a pena abraçar-te,
E sentir o teu corpo ganhar chama no meu,
Tentar ser dono do seu,
Destino,
E fazer como o Principezinho,
Caminhar por mundos imaginários,
Em versos, rimas, sentidos vários,
Pouco me importa o que digo,
Apenas sinto,
Que adoro ficar assim,
Abraçado a ti…
Enquanto chove lá fora.
Talvez seja tarde, para falar de arte, mas…
publicado por JF às 11:40
link | comentar | ver comentários (1) | favorito

.Outubro 2009

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. um fim...e um inicio...

. doce meu...

. asas para voar...

. eu volto...

. rodrigo leão...

. em ti...

. adormecer o meu dia...

. ontem, hoje e amanhã...

. música...

. nova melodia...

.arquivos

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Julho 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

.pesquisar

 

.links

.mais sobre mim