Quinta-feira, 29 de Junho de 2006

até amanhã...

Até amanhã dizia,
Proclamava que me aninharia numa cama fria,
E espaçosa de mais para um só corpo,
Onde num canto me abrigaria,
Para te receber nos meus sonhos,
Finalmente aqui estou, por fim junto a ti,
Onde vou distribuindo beijos silenciosos,
Vão escorregando os dedos e abraçando segredos,
Aguardando gemidos que a noite não consegue ouvir,
Lá fora o bailado das folhas faz as sombras decorarem estas paredes,
Onde a silhueta do teu corpo faz de palco o meu olhar,
Cuidadosamente exploro a tua pele,
A noite é frágil, e quebra-se no nosso tacto,
O que te sussurro no ouvido é paixão de fino extracto,
Faço tremer o teu corpo,
E faço rosar a tua pele,
Troca-se então o beijo que une dois corpos,
Enfeitiçam-se os lençóis,
Envergonham-se as roupas,
De assistirem de longe a tão bela melodia,
E no fim deste poema quando a noite se enaltece,
Então alguém me acorda…e teu corpo desaparece.
publicado por JF às 10:42
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Terça-feira, 27 de Junho de 2006

condenado a ti...

Desculpa se te fiz fogo e noite sem pedir,
Perdoa-me, por certo foi sem intenção,
Mas ver-te ferver no meu corpo foi tentação,
Deliciosa de mais, para não querer sentir,

Desculpa ter-te pintado nua nas minhas utopias,
Por certo quererias também ter-te visto,
Não foi por mal, eu insisto,
Mas adorei desenhar-te enquanto sorrias,

Desculpa, se abandonámos as razões,
E vivemos apenas o que mais carnal há na vida,
Neste castelo que criámos, não havia mais saída,
Que não fosse acelerar as batidas dos corações,

O nosso mundo hoje, é feito de papel,
Podíamos viver para sempre assim,
Já te disse e repito, és tudo para mim,
Prometo, amar-te, respeitar-te, ser-te fiel,

Desculpa se foi como um sopro invulgar,
Que perturbou o teu sossego,
Aqui no meu aconchego,
A vontade implora por te abraçar,

Desculpa se foi, só mais uma dança esquecida,
O motivo para toda esta incerteza,
És a poesia que escrevo, és riqueza,
Quem me dera ter saída…
Mas estou condenado a ti.

publicado por JF às 11:39
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Domingo, 25 de Junho de 2006

quero-te bem...

Perco-me nas histórias,
Nas linhas traiçoeiras das nossas memórias,
Talvez um dia me perdoes,
A noite vem fria hoje,
E os sons que ecoam no meu pouco juízo,
Só te trazem, só te mostram, só te vêem,
Não quero ser a razão das tuas lágrimas,
Nem tão pouco do tempo que perdes a pensar em nós,
Rodopio em palavras, pode ser que descubra,
Uma forma, uma maneira,
De arranjar uma cura,
Para o que foi mais uma história de encanto,
De amor e paixão, de dor entretanto,
Meço as palavras, para que tudo fique na proporção certa,
Podia ter sido perfeito, e juro que não é indirecta,
Podia ter sido, se eu fosse perfeito, se tu fosses minha alma,
Mas nunca o foi, por isso calma,
Deixa a poeira baixar, e volta a ver sorrisos nos rostos,
Repara que neste tabuleiro todos estão nos seus postos,
E então que mal tem? Porque dizes, porque choras,
Eu quero-te bem, tu sabes que sim…
publicado por JF às 09:45
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Sexta-feira, 23 de Junho de 2006

fala comigo...

As sombras transformam esta sala hoje,
Os passos silenciosos dos vultos tentam saudar-me nesta tarde,
Lá fora, apenas as folhas se movimentam aos prazeres do vento,
Desfrutam como se nunca caíssem,
Mas mais tarde ou mais cedo refugiam-se no chão,
Onde os passos as perturbam,
E nada mais há a fazer…
Os moveis impávidos e serenos vão vendo mexer suas silhuetas,
Na solta pertença do sol,
O espaço que nos separa é tão pouco, tão ténue,
Mas tão abismal, e impenetrável,
Fala comigo, sussurro,
Daria tudo por te ouvir,
Por te sentir,
Por perder e ganhar tudo ou nada,
Apenas para ver-te sorrir,
Mas apenas o silencio parece ser meu aliado,
Guerreiro submerso dessa batalha que já perdi à partida,
Fala comigo, murmuro…
publicado por JF às 17:48
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Quarta-feira, 21 de Junho de 2006

tudo se transforma...

Tudo se transforma,
Uma folha em branco…
E tudo muda de figura,
De rasgo clarão e loucura,
Desenho então todos os passos,
Estreitos ou largos,
Não os medi, não tive esse tempo,
Tudo se transformou,
De repente os anos tinham passado,
Os objectivos traçados eram agora certezas,
Das profundas realezas,
Canto e danço por escrever,
As coisas que me lembro,
E que engenho transformar,
Os miúdos já cresceram,
E olham-me de igual para igual,
A tinta escorre na paleta,
Esteja bem ou esteja mal,
O erro é algo mais que natural,
O quadro fica sempre imperfeito,
Como todos nós o somos,
Rasgam-se as designações, e a norma,
Porque hoje…tudo se transforma.
publicado por JF às 23:42
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Segunda-feira, 19 de Junho de 2006

perdido...em ti

Quanto me perco nas histórias que me contas,
É quando sei, que sei tão pouco,
Quando me perco nos teus olhos,
É que sinto, que este lugar é um labirinto,
E que estou perdido,
Em ti,
Por mim, ficava sempre por aqui,
Seria certamente mais feliz assim,
Ao pé de ti,
Quando me perco nos suspiros,
É que sei o quanto te amo,
O quanto te espero em silêncios,
O quanto te chamo,
Quando me perco nas saudades,
É que sei, o quanto custa a passar o tempo,
Os ponteiros não ajudam, e é tudo muito mais lento,
Quanto te vejo por fim,
É que sei finalmente, que voltei a ser…
Crente,
Doente,
Dormente, como todos os apaixonados,
São doces os sonhos que tenho contigo,
E amargos os pesadelos,
Quando me perco nos abraços,
Tudo passa,
Só não cessa a certeza que estou perdido…
Por ti.
publicado por JF às 14:34
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Sábado, 17 de Junho de 2006

ainda temos tempo...

Ainda temos tempo de crescer…
Podemos até ser tanta coisa mas…
Hoje fomos tão grandes,
Encandeia-se o brilho dos diamantes,
Por ver tanta estrela junta,
E do som aos corpos, tudo parece ser um só,
As amarras da corda que formam o tal nó,
Que nos une por vezes,
E nos separa tantas outras,
Eis a vida e suas cores,
Onde os corpos se pintam uns aos outros,
E se vai criando o céu,
Temos sol, temos o azul que corre,
E as nuvens tão cinzentas por vezes,
Apenas nos fazem sombra,
Nunca me hás-de molhar,
Dizem os pés descalços que saltitam pelo chão,
Ouço agora o grito dos sonhos,
Dos olhares orgulhosos que tanto nos tocaram,
Que tanto nos quiseram, tanto nos abraçaram,
Hoje, somos interplanetários em versos binários,
Amanha? Apenas crianças…com sonhos vários.

publicado por JF às 12:49
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Quinta-feira, 15 de Junho de 2006

uma noite dessas...

Quem dera que a noite fosse sempre assim,
Amigos e sorrisos, no meio de algum jardim,
Quer dera, quem dera,
O frio e a chuva hoje não nos tiram a vontade,
As horas não nos prendem, e sabemos a liberdade,
Somos muitos ou tão poucos, as vozes ecoam,
Até ficarmos…roucos, nas frases que voam,
Chove? Deixa chover, eu hoje podia ficar assim,
Deixa chover, ainda bem que estão aqui,
Olhos de cores diferentes vêem tudo da mesma forma,
A boa disposição é a solução, e o sorriso é a norma,
Deixa a noite clarear, que com o dia venha a vontade,
De correr estes caminhos e acordar a cidade,
E então nas paredes, ficaram sempre os nossos nomes,
Em pinceladas de histórias que só nós conhecemos,
Histórias que escrevemos, numa língua que só nós sabemos,
Quem dera que tudo fosse sempre assim,
Quem dera, quem dera…
publicado por JF às 15:00
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Terça-feira, 13 de Junho de 2006

eu fico contigo...

Tu não precisas mais…
De me ver partir,
De me perder,
Enfim…
De me escutar os passos,
Na noite calma e fria,
De sofrer,
Tu não precisas mais,
De olhar os segundos a passar,
De pedir que fique,
Por fim…
Talvez te diga que te quero,
Que te amo,
Ou que te espero,
E que por muito que tudo mude,
Ou o surja o medo e o perigo,
Prometo…
Eu fico aqui contigo!
publicado por JF às 20:30
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Sábado, 10 de Junho de 2006

acorda-me...

Desce rápido desse posto,
Mostra-me o teu rosto,
Encandeia-me de uma vez,
Cega-me
Mata-me,
Prende-me em ti,
Faz-me sofrer como se um mártir fosse,
De gato-sapato em tua posse,
Mas faz-me acordar,
Do pesadelo em que me escondi,
Grita, belisca, morde e magoa,
Atira-me do terceiro andar, para o meio da rua,
Deixa-me cair, estatelado nessa areia,
Dá-me uma chapada, não serás a primeira,
Mas acorda-me,
Ata-me, deixa-me arder no teu inferno,
Não tens tempo? Tem calma, deixa eu espero,
Tortura-me, mas quebra o gelo aqui dentro,
Faz juras que entendo,
Suga-me o sangue, e sufoca-me nessa forma de estar,
Mas por favor…faz-me acordar!
publicado por JF às 23:26
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